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Jogadoras de futebol dos EUA conseguem acordo salarial histórico

A seleção de futebol feminino dos Estados Unidos é a número 1 do ranking FIFA.

O futebol feminino nos Estados Unidos abriu um espaço importante no debate sobre salários entre os gêneros no mundo do esporte e nesta terça-feira (22) uma decisão pode mudar o centro da discussão. 

Isso porque duas das principais jogadoras da liga norte-americana, Megan Rapinoe e Alex Morgan, chegaram a um acordo de US$ 24 milhões com a Federação de Futebol dos EUA após um processo por igualdade salarial com jogadores homens.

O processo foi aberto em 2016 por cinco jogadoras (as aposentadas Hope Solo e Carli Lloyd, além de Becky Sauerbrunn, Alex Morgan e Megan Rapinoe) que apresentaram queixa à Comissão de Oportunidades Iguais de Emprego sobre a diferença no salário e no tratamento. O time de futebol dos EUA é principal referência no mundo dos esportes femininos e atual número 1 do ranking da FIFA.

Agora, a US Soccer será obrigada a pagar as mesmas taxas para homens e mulheres em amistosos e torneios, incluindo a Copa do Mundo, segundo a NBC.

“Temos o prazer de anunciar que, a partir da negociação de um novo acordo coletivo de trabalho, resolvemos nossa longa disputa sobre igualdade salarial e nos unimos orgulhosamente em um compromisso compartilhado de promover a igualdade no futebol”, disse um comunicado conjunto da federação de futebol dos EUA e os jogadores.

Após o caso inicial de 2016, outros processos foram feitos por jogadoras citando anos de discriminação de gênero no mundo do futebol. Em 2019, por exemplo, 28 atletas citaram casos em que a remuneração e condições de trabalho eram inferiores aos dos homens.

O caso ganhou repercussão nacional com a vitória do time feminino dos EUA na Copa do Mundo de 2019, tendo Megan Rapinoe como destaque da edição e porta-voz oficial das atletas do “Equal Pay” que lutavam por melhores condições de trabalho.