Nesses casos, os chás podem contribuir conforme os compostos bioativos presentes nas plantas. Viviane conta que, se consumida antes das refeições, a bebida pode auxiliar na redução de gases e incômodos abdominais frequentes da má digestão. “As substâncias amargas presentes nas plantas medicinais podem estimular a digestão ao aumentar a produção do suco gástrico e proteger o estômago com uma camada protetora,” diz.

“Elas [substâncias] também podem reduzir o tempo de jejum que causa a dor ao estimular o apetite, fazendo a pessoa comer mais vezes e em menores volumes”, complementa.

Entre as opções de chá recomendadas para sistemas digestivos ineficientes, estão a hortelã, que auxilia na flatulência e na melhora de cólicas, e a espinheira-santa, muito conhecida para uso no desconforto gástrico devido a suas capacidades anti-inflamatórias e antibacterianas.

“A cúrcuma também é associada à proteção gástrica,” explica Viviane. “Ela tem potencial atividade anti-inflamatória e pode ser usada como preventiva e, em alguns casos, contribui no tratamento de gastrite e úlceras e alivia sintomas de gases.”

Raquel recomenda, por sua vez, o chá verde, a camomila e a canela como infusões que atuam simultaneamente nos sistemas imunológico, digestivo, excretor e neurológico.

Para incorporar a bebida na rotina, a profissional sugere, ainda, que o consumidor encontre o horário ideal para desfrutar da infusão. “Ao acordar, após o almoço e até 2 horas antes de dormir são boas opções – nesses casos, gengibre, canela e lavanda, respectivamente, são pedidas ideais.”

Escolher as plantas conforme a estação também pode ser uma aposta interessante para desfrutar de seus benefícios.

Viviane ressalta, porém, que independente da escolha do chá medicinal, a orientação de um profissional deve ser referência para uma prescrição segura e eficaz. O tratamento médico também deve complementar o tratamento.