Time de Abel Ferreira teve posse de bola de marcação por pressão no primeiro tempo.
Que partida de Dudu!
Craque do jogo, com inteligência e rapidez para puxar contra-ataques, jogar às costas dos volantes e dar o passe preciso para Raphael Veiga marcar 1 x 0, aos 39 minutos do primeiro tempo. Também de Veiga, corta-luz fabuloso para Dudu puxar o contra golpe do segundo. Golaço!
O Palmeiras sabia precisar de variação tática. Não seria o time da linha de cinco marcadores utilizada contra o Flamengo, porque, desta vez, haveria a necessidade de criar espaços. A estratégia era posse de bola com muita rapidez e marcação por pressão.
Deu certo. Dos dez desarmes do primeiro tempo, o Palmeiras roubou nove no ataque, 90% das recuperações de bola! Paciência e rapidez na troca de passes, até os 39 minutos do primeiro tempo, quando Zé Rafael desarmou — na frente! — entregou a Danilo e dele para Dudu, logo atrás dos volantes. O passe preciso encontrou Raphael Veiga.
Herói da Libertadores, artilheiro no Mundial. O primeiro gol do Palmeiras foi do camisa 23.
Veiga retribuiu com o corta-luz para Dudu puxar o contra-ataque e marcar o segundo, aos 3 do segundo tempo. Senha para a mudança tática, porque o Palmeiras tem variação.
Que atuação de Luan!
Assim como Gustavo Gómez, mas com a diferença de que o zagueiro camisa 13 sabia da necessidade de se recuperar cometido sobre Gignac há um ano. Não perdeu uma única jogada. Depois do gol, Abel Ferreira recuou os alas e, aí sim, montou a linha defensiva de cinco homens, quatro no meio. Scarpa jogou como ala, junto com Marcos Rocha, Dudu e Veiga sacrificaram-se.
O Al Ahly passou a ter o controle da bola, mas com poucas chances claras de gol. A melhor delas, aos 27 da segunda etapa, chute de meia distância rebatido por Wéverton. Sherif marcou. O vídeo flagrou impedimento. O Al Ahly ainda provocou grande defesa do goleiro palmeirense, aos 50 da segunda etapa, e chutou no travessão, aos 51.
Abel Ferreira mexeu. Trocou Veiga e Dudu por Wesley e Jaílson. Apesar da necessidade de reforçar o meio-de-campo, missão de Jaílson, e de contra-atacar, com Wesley, é um erro tirar Veiga e Dudu ao mesmo tempo. E se houvesse pênaltis?
Mas a vitória se manteve e Abel Ferreira ainda teve a chance de premiar os artilheiros das duas conquistas da Libertadores. Entraram Deyverson e Breno Lopes, nas vagas de Rony e Scarpa, aos 43 do segundo tempo.
A atuação do Palmeiras foi ótima. Especialmente por esclarecer o que tanta gente duvidou por tanto tempo. O time de Abel Ferreira tem maneiras diferentes de atuar.
E tem Dudu…. E Raphael Veiga…
E uma torcida que canta, vibra e preencheu dois terços dos 12 mil lugares do estádio em Abu Dhabi.