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"Eu poderia estar tricotando, mas estou liderando uma startup", diz empreendedora madura

Rebeca Kuperstein é CEO da startup que produz dispositivos para tornar cadeiras de rodas mais seguras e foi premiada por iniciativa de instituições como o Grupo Mulheres do Brasil.

“Por que uma vovó que podia estar tricotando em casa está criando uma startup de impacto social?”, disse Rebeca Kuperstein, CEO da startup Ploy – Pernas Pra Que Te Quero, ao receber o Prêmio Negócios Inspiradores, destinado a seis das 264 empreendedoras que inscreveram seus cases e participaram de uma pesquisa conduzida pelas instituições Movimento Expansão, Noz Inteligência, Plataforma Empreendedoras Maduras e Grupo Mulheres do Brasil, em um evento na segunda-feira (8), no Dia Internacional da Mulher.

Desde 2019, a Ploy produz dispositivos para cadeiras de rodas a fim de dar estabilidade e fornecer segurança aos usuários ao transitar no meio urbano e praticar esportes. Tudo começou em 2015, promovendo corridas na rua em que pessoas em cadeira de rodas eram conduzidas por corredores. Ao perceber que as cadeiras giravam com a instabilidade das ruas, Kuperstein decidiu desenvolver uma solução para o problema. “O que será que é mais fácil, colocar o dispositivo nas cadeiras de rodas ou consertar todas as calçadas do Brasil?”

A empreendedora se envolveu com a causa depois de conhecer a história de uma amiga que, aos 15 anos, precisou amputar uma perna. “Eu sempre quis desenvolver algo que resolvesse um problema real, eu só não sabia que dava para ganhar dinheiro fazendo isso”, afirma, apesar de, segundo ela, ainda levar um tempo até ter o retorno do investimento.

Esse tema é uma grande questão para a empresa: “Todas as vezes em que a gente tentou investimento, os investidores, todos homens, nos diziam que a gente não estava pronta”, diz. Kuperstein acha que pode não estar mais presente para ver acontecer tudo o que sonhou para a Ploy, mas está certa de que alguém levará seus objetivos a diante.