Verdão de Abel Ferreira mostra repertório, mais uma vez, e vence clássico no Allianz Parque.
Sabe aquele discurso do Abel Ferreira de, mesmo entendendo a importância do Dérbi, valorizar todos os jogos da mesma maneira? Ele passou longe do Allianz Parque na última quinta-feira. O Palmeiras sobrou contra o Corinthians em todos os componentes do jogo e venceu por 2 a 1.
Antes mesmo do início da partida já era possível entender que um “simples” jogo da fase de grupos do Campeonato Paulista, com os dois classificados para o mata-mata, é importante. O time palmeirense entrou em campo para 40 mil pessoas, o melhor público da temporada e um dos melhores da história da arena.
Em campo, Abel decidiu manter o time com Raphael Veiga centralizado com um trio de ataque formado por Gustavo Scarpa, Dudu e Rony. Deu muito certo nos primeiros 45 minutos e só não foi melhor por causa da velha espera por um camisa 9.
Rony desperdiçou duas chances importantes que poderiam ter dado uma maior tranquilidade aos donos da casa, mas o camisa 10 entregou o que era esperado. Não só ele, aliás. Os palmeirenses pressionaram a saída de bola, adiantaram a marcação, ganharam divididas e fizeram um primeiro tempo muito superior ao do rival.
O gol de Raphael Veiga em mais uma cobrança de pênalti, assinalado com auxílio do VAR, fez um pouco mais justiça a um time que teve menos posse de bola e maior presença no campo de ataque.
Depois do intervalo, o domínio palmeirense foi ameaçado por cerca de oito minutos. O pênalti a favor do Corinthians convertido por Róger Guedes deu uma falsa sensação de equilíbrio ao clássico, que rapidamente voltou para o comando palmeirense.
Rony, desta vez com eficiência como centroavante, cabeceou para defesa de Cássio, que deu rebote para Danilo fechar o placar. O meio-campista, aliás, foi mais uma vez o nome do time adiantando a marcação, levando a melhor sobre Renato Augusto e se apresentando como opção no setor ofensivo.
Com intensidade no meio de campo – e mais um jogo de imposição física da dupla Danilo e Zé Rafael – e segurança na defesa – com novo destaque para Marcos Rocha –, o Verdão anulou as principais peças corintianas.
A vitória foi além dos três pontos e de um jogo qualquer da primeira fase do Paulistão. O Palmeiras de Abel Ferreira mostrou repertório contra um grande adversário, competiu e conquistou o resultado positivo. Venceu e convenceu. Um bom aquecimento dos palmeirenses para o mata-mata e, talvez, mais uma chance de disputar um título na temporada.