G1 assistiu à demonstração do novo game de tiro em 1ª pessoa que foca no realismo da guerra em época atual. Tecnologias visuais e Inteligência Artificial apurada são os pilares para a imersão.
“Call of Duty: Modern Warfare II” é o novo jogo da popular franquia de tiro em primeira pessoa da Activision que chega em 28 de outubro para PlayStation 5, PlayStation 4, Xbox Series X/S, Xbox One e computadores.
O anúncio oficial desta quarta-feira (8) mostra que a sequência do game de 2019 (um reboot do título de 2007) foca em trazer missões e partidas multiplayer online baseadas em conflitos atuais, diferentemente dos últimos dois jogos da franquia.
No Brasil, o game será vendido exclusivamente em formato digital. Assim como as versões anteriores, será totalmente localizado para o português.
Para consoles PlayStation e Xbox, os preços ficam entre R$ 329,90 (já com possibilidade de cross-gen) e R$449,90. Para computadores, os valores vão de R$ 299,90 a R$419,90.
Embora seja uma sequência direta do game de 2019, ele não é um remake de “Call of Duty: Modern Warfare 2”, lançado em 2009 — o g1 avaliou o game na época.
“Queremos fazer o melhor ‘Call of Duty’ já lançado com os melhores gráficos e com possibilidades reimaginadas”, disse Rodrigo Pérez, gerente da franquia, ao g1.
“[Em relação ao game anterior], melhoramos a Inteligência Artificial dos inimigos, o visual é revolucionário e criamos uma tecnologia unificada, que será estendida aos próximos games da série e também ao modo [battle royale] ‘Warzone'”.
Há também a promessa de conteúdos inéditos que chegam após o lançamento como novos mapas, modos, eventos sazonais e celebrações de comunidade.
O g1 acompanhou uma apresentação feita por membros do estúdio de desenvolvimento deste novo “Call of Duty”, o Infinity Ward, em que foram apresentadas as novidades do título. No modo Campanha do game, os jogadores acompanharão a Força-Tarefa 141 em um modo Campanha com missões realizadas ao redor do mundo. A promessa é poder jogar sozinho ou em grupo online.
O modo “Warzone”, um dos mais populares battle royales do momento ao lado de “Fortnite” e de “Free Fire”, vai ser alterado junto com o novo título, recebendo novo motor gráfico e novos conteúdos. Contudo, não foi revelado quais seriam as novidades.
Em busca do realismo
Em 2019, quando o estúdio apresentou o reboot de “Call of Duty: Modern Warfare”, a aposta foi em buscar um realismo que não era possível por conta da tecnologia existente quando o primeiro da série chegou, em 2007.
Foram chamados de volta ao Infinity Ward veteranos do primeiro game e a equipe viajou por locais que seriam usados para fazer fotogrametria de casas, veículos, móveis e tudo o mais que pudesse ser utilizado. Isso permitiu que aquele jogo tivesse o “real” que a equipe buscava.
Inclusive, o time de desenvolvimento afirma que foi o primeiro game que conseguiu simular o uso de óculos de visão noturna. Em games anteriores, a apresentação deste elemento era apenas um filtro verde.
Três anos depois, para “Call of Duty: Modern Warfare II”, a equipe usou os mesmos recursos, mas conseguiu aprimorar a tecnologia usando artifícios que na época não eram tão populares nos consoles e no computador.
O traçado de raios (Ray Tracing), recurso que simula em tempo real a maneira com que os raios de luz iluminam o ambiente e refletem no cenário e nos objetos, está presente no PlayStation 5, Xbox Series X/S e nos PCs com placas de vídeo atuais. Combinado com texturas em altíssima definição (4K de resolução), o game entrega ambientes, personagens, armas e situações mais próximas do real.
A equipe também investiu em explorar a água. Nos games, o elemento é complicado de ser reproduzido. Exige muito poder computacional e o resultado pode ficar longe do esperado pelo público.
Para “CoD: Modern Warfare II”, o trabalho foi fazer com que os jogadores usassem a água a seu favor. “A água tem impacto na jogabilidade, bem como o clima”, conta Pérez. O jogador poderá mergulhar para não ser identificado pelos inimigos e também usar a furtividade para eliminá-los.
Mas nem tudo é vantagem. O efeito de lente da água atrapalha a visão do jogador, que precisará mirar com ainda mais precisão para atingir os adversários tanto no modo Campanha quando no modo Multiplayer. Ainda, os tiros realizados de dentro da água para fora são simulados de forma realista: a bala perde velocidade e, para abater um soldado, é necessário diversos disparos — com a mesma arma fora da água, um disparo é suficiente.
Além de confrontos à noite e missões na água, os veículos ganharam mais importância. Você vai poder dirigir carros, por exemplo, que o levam para outros pontos das missões.
Outro ponto bastante trabalhado pelos desenvolvedores nos últimos três anos foi a inteligência artificial. Além de os inimigos reagirem de forma mais convincente aos ataques e estratégias do jogador, seja buscando proteção ou indo atrás de reforços, agora os próprios companheiros do personagem principal estão mais espertos. Em jogos anteriores, no começo de uma missão, por exemplo, você segue soldados rumo ao local de combate. Contudo, sua movimentação era inverossímil, já que ele não parecia preocupado com os seus arredores, como um soldado normalmente estaria.
Em “Modern Warfare II”, seus companheiros vão estar preocupados com tudo: com cada esquina, janela ou canto onde o adversário pode estar escondido. Durante os combates, eles estarão atrás de uma cobertura, procurando encontrar o melhor ponto de apoio para o ataque. Na demonstração que o g1 assistiu, este quesito funcionou muito bem. Resta saber se a versão final do game vai apresentar estes recursos.
Um dos recursos e de mais destaque no primeiro “Modern Warfare”, o modo Armeiro (“Gunsmith” na versão em inglês) retorna com ainda mais recursos. Ele possibilita que cada arma seja personalizada conforme a vontade e necessidade do jogador.
No novo jogo, há ainda mais detalhes e recursos como miras ópticas, cartuchos de maior capacidade, apoios e o que mais o armamento tiver no mundo real poderá ser adicionado. Entretanto, vale ressaltar que cada adereço traz uma vantagem e uma desvantagem para o combate. As configurações podem ser usadas tanto na Campanha quanto no modo de partidas online.
Outro ponto a ressaltar é que o game foi apresentado na versão de maior qualidade (computador, Xbox Series e PS5). Versões para PS4 e Xbox One não foram mostradas. Resta saber se as plataformas da geração passada, mais fracas do que as atuais, vão conseguir reproduzir este mesmo nível de realismo gráfico e de inteligência artificial.
Importância do Brasil
Como o maior mercado da América Latina (o México é considerado América do Norte), o Brasil é importante para a Activision e o lançamento de “Call of Duty: Modern Warfare II” é um dos mais importantes do ano.
“A comunidade [de “Call of Duty”] é muito forte no Brasil. Queremos engajar ainda mais os jogadores para este lançamento. Por isso, trazemos o game totalmente localizado para o português com a mesma qualidade dos trabalhos anteriores da série”, explica Pérez.
O gerente da franquia explica que a tecnologia desenvolvida para este título, e que se estenderá para o “Warzone” e também para os jogos futuros, é pensada em fortalecer ainda mais a comunidade e a identidade da série com ela.