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Bia Haddad e Danilina batem japonesas cabeças 2 e vão à final na Austrália

A incrível sequência da parceria formada pela brasileira Bia Haddad Maia e a cazaque Anna Danilina ganhou mais um episódio brilhante nesta quinta-feira (noite de quarta no horário de Brasília).

Elas derrotaram as japonesas Shuko Aoyama e Ena Shibahara, cabeças de chave número 2 do torneio de duplas, e avançaram à final do Australian Open por 6/4, 5/7 e 6/4. 

A vaga na decisão faz de Haddad Maia a primeira mulher brasileira a alcançar uma final de slam em duplas femininas desde Maria Esther Bueno, que foi vice do US Open em 1968. A paulista de 25 anos também se torna a primeira brasileira em uma final de Australian Open desde 1965 – outro feito que ninguém alcançava desde Maria Esther. A maior tenista da história do Brasil foi campeã do torneio em 1960 e fez sua última final lá em 1965.

Brasileira e cazaque juntaram-se quase por acaso a poucas semanas do Australian Open. Haddad Maia disputaria o WTA 500 de Sydney ao lado da argentina Nadia Podoroska, que desistiu de última hora. Danilina preencheu a vaga, e a parceria foi campeã em Sydney. As duas agora somam nove vitórias consecutivas. A final será contra a vencedora do jogo entre as tchecas Barbora Krejcikova e Katerina Siniakova, cabeças de chave 1, e o time formado pela belga Elise Mertens e a russa Veronika Kudermetova, que são as cabeças 3.

COMO ACONTECEU

O primeiro set foi equilibrado e começou com uma quebra a favor de Haddad Maia e Danilina, mas as japonesas devolveram a quebra imediatamente e igualaram o placar em 2/2. A sequência crucial para brasileira e cazaque começou no oitavo game, quando Danilina precisou sacar em 3/4 e 0/40. Danilina sacou bem, e Haddad Maia esteve impecável junto à rede, e ambas salvaram os três break points. No game seguinte, com mais intervenções decisivas da brasileira na rede, ela e sua parceira conseguiram mais uma quebra de saque. Com o placar em 5/4, coube a Bia confirmar seu serviço e fazer 6/4. 

O segundo set começou igual. Aproveitando-se do saque fraco de Aoyama, que tem apenas 1,54m de altura, Haddad Maia e Danilina conseguiram a primeira quebra da parcial e fizeram 2/1. Desta vez, a cazaque confirmou seu serviço no quarto game, abrindo 3/1, e as japonesas não conseguiram mudar a dinâmica do jogo depois disso. Danilina até teve seu saque ameaçado no oitavo game, mas as japonesas desperdiçaram um break point quando Shibahara mandou para longe uma paralela com o corredor aberto. No game seguinte, Haddad Maia e Danilina tiveram um match point no saque de Shibahara, mas um voleio de Aoyama, em uma bola que pegou no aro da raquete, salvou o time japonês.

Coube, então, à brasileira sacar em 5/4 para confirmar o saque e carimbar a vaga na final, mas a vitória não viria tão fácil. Bia errou uma paralela e, diante de um break point, cometeu uma dupla falta, o que deixou o placar em 5/5. O momento do jogo mudou radicalmente, e quando Danilina precisou sacar em 5/6, as japonesas tiveram dois set points. Logo no primeiro, uma boa devolução de Aoyama forçou um erro da cazaque e fechou a parcial em 7/5, forçando o terceiro set.

Ayoama e Shibahara venceram cinco games consecutivos até que Bia confirmou seu serviço para igualar a parcial decisiva em 1/1. Em seguida, a história se repetiu. Aoyama perdeu o game de serviço ao cometer uma dupla falta no break point, e Haddad Maia e Danilina tiveram 2/1 de vantagem novamente. Desta vez, brasileira e cazaque aproveitaram. Bia conseguiu salvar dois break points em seu serviço, abrindo 4/2, e a vantagem foi mantida até que a paulista novamente teve a chance de sacar para a final com 5/4 no placar. A segunda chance, porém, teve final feliz.