Baseada nos graphic novels de Alice Oseman, a adaptação de “Heartstopper” foi lançada na Netflix no final de abril de 2022 e viralizou na internet. Trazendo vários aspectos bem trabalhados sobre adolescência e relacionamentos, a série tem sido bastante comentada pelo público.
A história segue Charlie, um jovem que foi expulso da escola no ano anterior. Grande parte do enredo é formado pela história dele, seus amigos e seu romance improvável com o Nick, astro do time de rúgbi da escola.
Assista o trailer da segunda temporada:
Quem ainda não havia lido o material original, pode se surpreender com a produção, que vem recebendo uma crítica bastante positiva e foi pensando nisso que separamos abaixo 5 motivos que valem a sua atenção!
Representatividade LGBTQIA+
A série faz um retrato da identidade queer e a heteronormatividade no ensino médio. Se diferenciando de produções onde o personagem queer é apenas um membro do grupo do protagonista hétero, “Heartstopper” da o papel principal para a minoria.
Embora a representação da comunidade LGBTQIA+ tenha aumentado na última década, é importante continuar contando histórias de pessoas que sempre foram marginalizadas e que apenas começaram a ver uma representação adequada na tela.
Mesmo os clichês usados neste show são usados de forma criativa como ferramentas narrativas que melhoram a história, sem recorrer a esteriótipos. Existem personagens lésbicas, gays, bissexuais e trans, todos adolescentes tentando se entender consigo mesmos. É através dessas histórias que pessoas heterossexuais e cis podem entender melhor e formar empatia com pessoas da comunidade queer.
Estética e trilha sonora
Como a série é baseada em uma graphic novel, as cenas estão cheias de pequenos rabiscos. Borboletas que representam a sensação de se apaixonar e outras emoções são todas desenhadas, tem um visual muito bonito. Cores e figurinos também se destacam e lembram os personagens de “Sex Education”, outra produção da Netflix.
A trilha sonora é essencial para a estética da série, com músicas indie lo-fi tocando a todo momento. As músicas lembram muito o que os jovens estão realmente ouvindo com a trilha sonora composta por artistas que são considerados ícones queer, como Girl in Red.
Não sensacionaliza drogas e sexo
Diferente de séries adolescentes como “Euphoria”, a produção não sensacionaliza abuso de drogas, alcoolismo ou sexo. Não que isso seja um problema, mas aqui a narrativa segue um caminho mais natural e semelhante a vida real. A história não parece precisar de grandes reviravoltas para ser cativante, é apenas uma comovente história de amor e amadurecimento.
Retrato da adolescência
Quase um caso raro nas produções teen, na série os personagens são interpretados por atores que são, de fato, adolescentes. É difícil que o público se identifique com os personagens quando os mesmos são interpretados por adultos já amadurecidos. Além disso, a produção retrata adolescentes de uma maneira natural, mostrando a maneira como os adolescentes usam as mídias sociais. Sem falar que seus relacionamentos com seus colegas e pais parecem mais relacionáveis e reais. A série também não existe em uma sociedade sem discriminação contra pessoas trans ou gays. Os problemas que eles enfrentam como adolescentes queer, com o bullying ou os altos e baixos de se assumir são retratados também.
Muito romance
A parte do romance é um aspecto central no núcleo da série e definitivamente uma das principais razões para assistir. Na trama, são mostrados vários casais enquanto exploram suas identidades, seus corações e como eles se conectam com outras pessoas. “Heartstopper” explora o amor jovem abraçando toda a estranheza nele. Os romances, embora complicados devido às pessoas ao redor dos personagens, não são cheios de brigas ou desconfiança. Muito pelo contrário, são repletos de segurança, consentimento, cuidado e alegria.
FONTE: Terra (https://www.terra.com.br/diversao/gente/5-motivos-para-assistir-heartstopper-a-nova-serie-da-netflix,ff75a0d637f553bfc41ece379c18185fibbhw6c2.html)